Pode-se pensar que o que é simples nunca chega a ser complexo. Esta é uma posição doutrinária conservadora que não admite novidades, nem evolução; é incompatível com a evolução, admitida por evolucionistas e criacionistas.
Pode-se pensar que o complexo pode vir do simples. Esta é uma posição doutrinária que merece argumentação justificativa.
A partir da coleção finita de axiomas da aritmética, constrói-se os números inteiros, depois os números racionais, os reais, os complexos, os quarténions, os números de Cayley e assim por diante. Consideremos os números inteiros, e pensemos em toda a complexidade deste conjunto, dos teoremas provados e dos não provados, das dificuldades de se provar o último teorema de Fermat (que sempre existem inteiros que satisfaçam x^n + y^n = z^n, para todo n existem os tais x, y e z, dependendo do n ) . Notamos assim que conjuntos complexos são obtidos a partir de conjuntos simples.
Considere-se a complexidade da cultura humana, que veio de elementos culturais simples, da internet 3.0, que começou, digamos, a partir da álgebra de Boole, ou de computadores primitivos (ábaco, eniac), da máquina de Turing.
Temos, assim, evidências de que um objeto complexo pode ser gerado a partir de elementos simples.
Portanto é razoável adotar o axioma da possibilidade de complexificação a partir de elementos simples.
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