sexta-feira, 12 de junho de 2009

Complexidade a partir da simplicidade

     Pode-se pensar que o que é simples nunca chega a ser complexo. Esta é uma posição doutrinária conservadora que não admite novidades, nem evolução; é incompatível com a evolução, admitida por evolucionistas e criacionistas.

     Pode-se pensar que o complexo pode vir do simples. Esta é uma posição doutrinária que merece argumentação justificativa.

    A partir da coleção finita de axiomas da aritmética,  constrói-se os números inteiros, depois os números racionais, os reais,  os complexos, os quarténions, os números de Cayley e assim por diante. Consideremos os números inteiros, e pensemos em toda a complexidade deste conjunto, dos teoremas provados e dos não provados, das dificuldades de se provar o último teorema de Fermat (que sempre existem inteiros que satisfaçam x^n + y^n = z^n, para todo n existem os tais x, y e z, dependendo do n ) .   Notamos assim que conjuntos complexos  são obtidos a partir de conjuntos simples.

    Considere-se a complexidade da cultura humana, que veio de elementos culturais simples, da internet 3.0, que começou, digamos, a partir da álgebra de Boole,  ou de computadores primitivos (ábaco, eniac), da  máquina de Turing.

    Temos, assim, evidências de que um objeto complexo pode ser gerado a partir de elementos simples.

   Portanto é razoável adotar o axioma da possibilidade de complexificação a partir de elementos simples.

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