quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Modelos Matemáticos e Geociências

    Modelos são representações fiéis da realidade.  Para ser modelo, deve haver uma satisfatória representação quantitativa e qualitativa da realidade. Não é necessário que seja 100% exato, mas é necessário que seja razoavelmente representativo e útil. Um modelo pode representar uma ou mais variáveis. Isto posto, podemos afirmar que não existem modelos matemáticos importantes para geociências.  As exceções consistem de modelos para sistemas suficientemente simples para não precisar de modelos matemáticos. Ou seja, se precisar de modelo, não tem; se não precisar de modelo, então tem modelo.  Terremotos,  maremotos,  desbarrancamentos, deslizamentos de terra, erupções vulcânicas, crateras,   nunca são previstos. Só se fica sabendo deles, depois que ocorreram. São esperados, mas não previstos. Sabe-se que podem ocorrer, mas nunca se sabe quando nem exatamente onde, nem com que intensidade vão ocorrer, a não ser depois da ocorrência.

     Para a tomada de decisões é  importante e essencial o trabalho de laboratório e de oficina, para a preparação de experimentos e coleta de registros, para elaboração de mapas. Com os registros e mapas, pode-se tentar encontrar algum padrão. 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fractais e Modelos Matemáticos da Realidade Física

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    Fractais não são modelos de nenhum sistema da realidade física, são apenas objetos matemáticos teóricos. Quando começaram a ser divulgados os fractais, utilizou-se, como motivação, o argumento de que laranjas não são esferas, mesas não são planos, a fronteira da Inglaterra não é uma curva lisa, etc. Apresentariam todos estrutura fractal. Assim, os fractais viriam explicar todas as coisas que antes, éramos obrigados, por ignorância, a tentar modelar com entidades matemáticas simples tais como pontos, retas, curvas lisas, esferas, emprestados da Geometria, ou da Análise Matemática. Porém fractais tampouco servem como modelos para esses mesmos elementos, que se pretendia  modelados por eles.

     Objetos físicos não apresentam a cacterística de auto-similaridade como os fractais. E a razão para isto reside na própria estrutura física da matéria, formada por átomos oscilantes, com forças fracas entre átomos; prótons, nêutrons e elétrons, e forças fortes entre eles, quarks, etc; além da heterogeneidade química, anisotropia, e toda sorte de comportamentos não lineares dos materiais e agregados de materiais.

     Coincidentemente existem na Natureza alguns objetos que se assemelham grosseiramente a fractais truncados. É o caso de um tipo de brócolis, da ramificação pulmonar, folhas, e árvores. Porém, fractais truncados não são fractais, do mesmo modo que um segmento finito de reta não é uma reta.

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ciência e Desenvolvimento

      Tenho identificado na Ciência quatro dimensões que agem, ou conjuntamente ou sequencialmente, para a consecução de objetivos, ou implementação de projetos tecnológicos: Matemática, Engenharia, Ciências específicas, Tecnologia. Em cada fase de construção ou implementação de um projeto, nota-se cada uma destes fatores.

       Matemática: métodos matemáticos: modelos matemáticos, Ciência da Computação, métodos estatísticos,...

       Engenharia: Civil, Elétrica, Eletrônica, Mecânica, de Materiais, Naval, Ambiental, …

       Ciências: da Terra, da Vida, Espacial, Atmosférica,…

       Tecnologia: soluções de análise em laboratórios, construções em oficinas.

      Matemática aperfeiçoa soluções de Engenharia e Ciências. Engenharia produz máquinas e equipamentos a serem utilizados para medições, observações e tranformações em Ciências e Tecnologia. Ciências específicas produzem soluções tecnológicas, a Tecnologia, e produzem elementos para serem utilizados em Engenharia, como, p.ex., novos materiais. Tecnologia, resultado de sucesso da atuação  dos outros fatores, fornece soluções tecnológicas para a Engenharia, e Matemática.

     Assim, todo governo que queira desenvolver a indústria de seu País, deve investir intensa  e balanceadamente nestes quatro fatores. Se um dos fatores for negligenciado, o sucesso não é garantido, pois a cadeia do “ciclo virtuoso” se rompe, e o conhecimento não tem como fluir adequadamente.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Universo e o Vácuo

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    O Universo não pode ter surgido do nada. Aliás, como o Universo não tem início (que é meu axioma áureo de trabalho), então não faz sentido afirmar que surgiu de algo. Na frase, repetida ad nauseam por cientistas teóricos, “O Universo surgiu do nada”, há dois erros. Não só o Universo não surgiu, dado que sempre existiu, como também, se tivesse surgido, não poderia ter surgido do nada; teria de ter surgido de algo anterior a ele.

     Explica-se que cientistas tidos como sérios façam referência à criação ex nihilo, do nada, pelo fato de praticarem diariamente a Matemática, ciência que admite elemento neutro para operações algébricas, e estarem acostumados com esses tipos de operações algébricas. Assim, para números reais, por exemplo, a + (-a)=0. Além disto, operações com elementos neutros, com soma zero, podem ser definidas não só  para números como também para funções, vetores, matrizes,  operadores sobre espaço de vetores, operadores sobre espaço de operadores, e assim ad infinitum. Mas na Natureza talvez não valha nenhuma álgebra de soma zero. Talvez não haja anti-matéria.