domingo, 21 de fevereiro de 2010

Universo sem Início

Até há pouco tempo, a idéia predominante nos meios acadêmicos, tanto criacionistas como darwinistas ateus, era a de que o Universo teria surgido de uma grande explosão.  Cheguei a escrever alguns artigos na web explicando o erro de tal posição.  Agora parece que há mudanças significativas acontecendo. Tomei contato com uma  teoria de Universo, de Neil Turok, que define um Universo sem início (espaço-tempo), com a grande explosão, o big bang, tendo sido formada pela colisão de duas branas, segundo a teoria de cordas, tendo a matéria da grande explosão sido criada  por uma condensação de energia. Embora a teoria de Turok seja excessivamente especulativa, e  fantasiosa, a idéia de um Universo sem início não o é.

Como consequência de um Universo sem início, tem-se a possibilidade quase absoluta da existência de um Criador. Basta observar a existência da vida neste planeta, que serve de testemunho e calibragem para qualquer sistema estatístico, e um tempo infinito no passado, que gera infinitas possibilidades. 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Modelos científicos

       O que há de comum em:

         - amostra de tecido, em uma loja de móveis;

         - pedaço de fruta, oferecido pelo vendedor a um cliente em uma banca de frutas;

         - lei de gravitação: F = G x M1 x M2/d^2 (força de atração de dois corpos é igual a G, constante de gravitação, multiplicado pelas massas M1 e M2, dividido pelo quadrado da distância entre seus centros); 

         - amostra estatística de 100 pessoas de uma população de 4000 pessoas para se calcular a percentagem de destros e canhotos.

         - maquete de edifício;

         - modelo em escala reduzida de avião a ser projetado e fabricado;

         - modelo em escala reduzida de hidrelétrica;

         - teste de um pedaço de concreto para calcular a sua resistência à compressão;

         - mapa de uma região com a localização das cidades mais populosas;

         - mapa de uma região com a localização de casos de gripe;

         - gráfico de notas recebidas por alunos de uma escola;

         - estátua de cêra de uma celebridade no famoso museu britânico.

       Todos são modelos, que servem para se obter informação de um objeto, para tomada de decisões ou simplesmente para estudá-lo.  Um modelo não tem as dimensões do objeto, mas representa o objeto ou parte dele. Exemplos de modelos incluem as fórmulas matemáticas utilizadas em ciências naturais (Física, Química, Biologia, Geologia, Climatologia,…).

       Normalmente modelos são  simplificados em comparação ao objeto de estudo, eventualmente com  desconsideração de algumas váriáveis; mas isto não caracteriza todos os modelos. Modelos matemáticos normalmente têm como objetivo modelar completamente um objeto, pois se aparecer um modelo mais completo, é este que prevalece e passa a ser adotado como padrão.  

       Um modelo não deve fornecer informação errada do objeto que representa.  Um modelo para um sistema dinâmico, como para se estudar correntes marítimas, não pode fornecer órbitas fechadas onde elas não existem, nem fornecer órbitas abertas onde deveria haver órbitas fechadas. 

       Objetos mais complexos exigem modelos mais complexos, objetos menos complexos podem ser modelados por modelos mais simples.

       Um modelo não deve ser mais complexo do que o objeto a ser modelado.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Tipos de Estatísticas

Ao se estudar um fenômeno da Natureza, da sociedade humana, ou  científico, pode-se fazer experimentos para obter informações suficientes, ou razoavelmente suficientes,  para entendê-lo. Neste caso, utiliza-se certos tipos de Estatística, notadamente o que se pode chamar de Estatística experimentalista, baseada em teoria de probabilidade obtida de dados experimentais. Porém, em muitos casos, dos mais interessantes, ou não se tem a tecnologia para estudá-los,  ou a técnica existente  torna o seu estudo muito difícil, ou é muito caro estudá-lo, ou até mesmo impossível. Neste caso, utiliza-se outros tipos de Estatísticas, considerados nos itens seguintes.

Há dois tipos de Estatísticas:

   (1) Estatística obtida de dados experimentais (Estatísitca experimentalista, ou frequencista). As distribuições de probabilidade são obtidas de distribuições de frequências, obtidas por dados experimentais.

   (2) Estatística bayesiana, não obtida por dados experimentais. Neste tipo de Estatística, as distribuições de probabilidade são construídas sem dados experimentais. O motivo disto pode ser a impossibilidade de obtenção, o preço elevado, impossibilidade tecnológica ou técnica de obtenção de dados experimentais.

Por outra classificação de Estatística, mais didática, há quatro tipos de Estatística:

   (1) Estatística clássica, que abrange estatísticas dos jogos de azar. tais como lançamentos de moedas e  dados, com homogeneidade de distribuição de probabilidade. Por exemplo,

    para moedas, define-se  P(cara)=P(coroa)=0,5

    para dados, define-se P(1)=P(2)=P(3)=P(4)=P(5)=P(6)=1/6.

     (2) Estatística experimentalista, obtida de dados experimentais. Define-se as  distribuições de probabilidade a partir dos dados experimentais. Cada novo experimento aumenta a informação que se tem do sistema ou população em estudo.

   (3) Estatística subjetiva, em que as funções de probabilidade são definidas subjetivamente. É a única estatística utilizável ao se tentar decidir qualquer questão sobre um sistema muito complexo, que não pode ser estudado satisfatoriamente por meio de dados experimentais.

   (4) Estatística geométrica, em que as probabilidades são definidas por medidas: linear, de área, ou volumétrica.

   (5) Estatísitica axiomática,  definida por meio de um espaço de medida unitária (X,M,m), da Teoria de Medida e Integração da Análise Matemática, sendo X um espaço topológico, M uma classe de subconjuntos mensuráveis de X, e m uma medida tal que

m(X)=1.