O conceito de criação do Universo deve ser entendido no sentido de transformação e modelamento, de moldar, e não no sentido de criação a partir do nada. Assim, a idéia de um Criador é plenamente verossímil, ainda mais diante do testemunho da existência humana, que sendo transformador e modelador do seu entorno, tem potencial para ser transformador e modelador de outros astros do Universo. Por mais tempo que isto leve, diante da finitude material, embora não espacial, do Universo, a idéia de transformação e modelamento faz-se natural.
A partir do instante que um ser inteligente transforme e modele o Universo, este passa a ser ser imediata extensão da sua inteligência, e inextricável da sua personalidade. A partir desse instante, todo o discurso razoável passa a ser refrátário à frases que dissociem o Criador do Universo criado. Por exemplo, não faz sentido, nesse contexto, frases como “O Universo existe sem o Criador”. Ora, o Universo só é Universo com o Criador, pois foi formado por Ele. Como se referir ao Universo sem o Criador? Impossível dentro da atividade racional.
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